A comemorar 43 anos de carreira, o músico Luís Represas apresentou-se esta terça feira, dia 30 de Abril, naquela que considera ser a sua casa e a sala que acarinha os músicos Portugueses, o Coliseu de Lisboa.
“Boa hora”, nome que dá título ao seu último trabalho, foi também o tema escolhido para iniciar a noite, que prometia ser de festa.
A canção que se segui foi “A hora do lobo”que conseguiu a simpatia do público que rapidamente se pôs a cantar o refrão.
“Cinema estrada” foi explicada como a sequela do tema “125 azul” e contou com a presença em palco de outros dois grandes nomes da música portuguesa, Jorge Palma e Paulo Gonzo, que receberam um forte aplauso por parte do público, e que marcaram momentos de extremo carinho por parte de Represas para com os seus amigos.
Descrita como a homenagem ao berço da sua música, os Trovante, “Sagres” encantou a multidão.
Os convidados que se seguiram foram Manuel Faria, no piano, e Mia Rose que interpretaram a música “Na curva do horizonte”.
Mia saiu e Manuel continuou em palco em dueto, sem banda a tocar, um no piano e outro com a sua voz característica a cantarem um tema dedicado ao casal Maria Manuela e António Ramalho Eanes que estavam presentes na sala. Esta música gerou um dos momentos mais arrepiantes da noite, com o público a cantar em uníssono “Perdidamente” e no final toda a plateia se levantou para aplaudir.
“Um caso mais” levou Luís Represas ao piano, o que conquistou a audiência logo nos primeiros acordes, levando muitas das pessoas a cantarem o tema.
O tema “Promessas”, escrito por Carolina Represas, filha do cantor, foi o tema seguinte, cantada de forma orgulhosa por um pai babado.
O último convidado da noite foi Ivan Lins, que entrou em palco para juntos cantarem “Asas de anjo”.
“Feiticeira” foi um dos temas que logo aos primeiros acordes levou a que o público cantasse, não só o refrão, mas a música completa, tendo no final havido uma ovação de pé por parte dos presentes.
Acompanhadas por um coro muito afinado (a plateia), “Memórias de um beijo”, “Da próxima vez” e “Eu dou” foram as músicas que se seguiram.
“Foi como foi” levou à despedida da banda que saiu ao som de fortes aplausos com todos as pessoas de pé.
Para encanto de todos, no encore foi possível ouvir “Chave de sonho” e “Timor”, o que gerou muito carinho por parte do público.
A última música que se ouviu nesta noite incrível, foi “125 Azul” e todo o coliseu se encontrava em êxtase a cantar e a dançar, e Luís Represas aproveitou a energia do público e desceu do palco e deu uma volta ao recinto interagindo com as pessoas que ia encontrando no seu caminho.
Foi com certeza uma noite memorável que todos guardarão com carinho nas suas memórias.
Texto: Raquel Coelho
Fotos: Jorge Torres Carmona