Quando se estreou em 2010, com um EP na Optimus Discos, Frankie Chavez conseguiu de imediato revelar todo o potencial, escancarando diante de si um mar infinito de possibilidades lançando depois Family Tree em 2011, Heart & Spine em 2014 e Double or Nothing já na recta final de 2017. Cada um deles um tributo à grande arte que o inspira, aos mestres que o guiaram e, mais importante ainda, cada um deles um repositório de canções que lhe reafirmam as capacidades de equilibrar palavras, melodias, riffs, electricidade e tensão acústica, com as cordas a provarem serem o ingrediente principal de um cozinhado que tem aprimorado a cada novo passo. Com banda, sempre com músicos de excepção, Frankie Chavez também investiu muitas vezes por terreno desconhecido: “Ao vivo, a possibilidade de erro ali ao lado, mexe comigo. É mais urgente e leva as coisas a um limite que torna a experiência mais intensa. Sinto falta disso…” É, literalmente, como saltar para cima de uma onda e não saber exactamente o que vai acontecer a seguir. Agora, ao Sol da Caparica, o guitarrista quer rodear-se de outros guitarristas de gente que, como ele, entende que seis cordas bastam para um sem fi de possibilidades. E há uma promessa que nos deixa: “Vou tentar manter sempre o lado orgânico de um gajo no palco a tocar canções”. Promessas assim cumprem-se, pois claro.