Em “Nome Próprio”, Ana Bacalhau trás “Vida Nova” para inaugurar o espectáculo.
Com a energia que lhe é característica entrou cheia de ritmo, mas confessou estar nervosa. Quem diria! Foi no passado dia 26 de Janeiro, no Teatro Tivoli BBVA, neste que foi a sua estreia a solo.
Mas sentiu-se… sentiu-se a alegria no corpo, a emoção na voz, o carinho em cada história.
A indumentária mudou, e num vestido brilhante curto, não parou de movimentar a anca, nem os pés, que num corridinho percorria o palco. Sentiu-se a alegria!
E é na voz, na variação de tons que ela nos presentiou com o poderoso instrumento que tem. Entrega-se e deixa-se ir… canta de lado, com a cabeça ligeiramente para baixo, o momento é dela, mas partilha-o. Sentiu-se a emoção.
Contou histórias, riu-se sózinha e fez-nos rir com isso. Sentiu-se o carinho!
Foram vinte canções, tanto do álbum e não só, “Vida Nova”, “Menina Rabina”, “Passo a Tratar-me Por Tu”, “Só Eu”, “Leve Como Uma Pena”, “Debaixo da Mosca”, “Maria Jorge“, “Dama da Noite”, “Respirar”, “Navegar, Navegar” (Fausto), “A Bacalhau”, “Deixo-me Ir”, “Para Fora”, “Estrela da Tarde” (Ary dos Santos / Fernando Tordo), “Estou Além” (António Variações), “Só Querer Buscar”, “Xácara das Bruxas Dançando” (Trovante), “Ciúme”.
Para o encore, “De Volta Pro Meu Aconchego” (Elba Ramalho) e “Morreu Romeu”
Se foi assim o primeiro, os outros prometem!
Texto: Raquel Ataíde
Fotos: Jorge Torres Carmona