Sábado, Abril 27, 2024
Sábado, Abril 27, 2024

Maria Bethânia Apresenta Novo Trabalho, “Claros Breus”, no Seu Regresso aos Palcos Nacionais

Depois da estreia marcada para Agosto de CLAROS BREUS, em São Paulo, no Brasil, o mais recente projecto da artista baiana das “Sete Trovas”, que faz da canção o seu “estado”, “bailado”, “sossego”, “destino” e “profissão”, passa por Portugal, em Setembro, na sua digressão comandada pela “rosa dos ventos” das suas cartas de amor.

Com direcção musical e arranjos do maestro Letieres Leite, cenografia de Bia Lessa, desenho de luz de Binho Schaefer e Bia Lessa, e guarda-roupa de Gilda Midani, os concertos de Maria Bethânia trarão na sua bagagem emocional novas músicas, inéditas no seu canto da Terra, mas com a composição e a inspiração de Chico Buarque, Adriana Calcanhoto, Chico César, Roque Ferreira e Flávia Wenceslau, nomes que pincelam de vento, de mar e de amor uma discografia “gostosa demais”.

A lendária cantora e compositora brasileira devolve ainda calor e “estado de poesia” a clássicos de Lenine, Suely Costa e Caetano Veloso, acompanhada pelo contrabaixo de Jorge Hélder, parceiro de longa data, e por um grupo de músicos que tocará com ela pela primeira vez, como são os casos de Carlinhos 7 Cordas (violões de seis e sete cordas), Marcelo Galter (piano e sintetizadores) e Pretinho da Serrinha e Luisinho do JêJe (percussões acústica e eletrónica).

Renascer no lirismo da palavra, declamada e cantada, e ser “cicatriz risonha” é algo a que Maria Bethânia já habituou o público ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, surpreendendo sempre o público a cada novo verso. O seu último álbum, “Meus Quintais”, foi editado há cinco anos, mantendo os padrões da arte: primeiro a edição do disco e depois a sua apresentação ao vivo, em concertos. Mas 2019 quis-se de transmutação e “a quinta maior voz da música popular brasileira” (distinção da edição brasileira da revista Rolling Stone) vem mostrar que o “mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão”, apresentando primeiro ao público temas inéditos e só depois editando-os.

O espectáculo CLAROS BREUS estreia em São Paulo, no próximo mês de Agosto, e, depois das apresentações em Portugal, nos Coliseus do Porto e Lisboa, a 14, 18 e 19 de Setembro, segue em digressão pelas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

E porque este projecto “vai ficar na saudade”, pode adquirir já o seu bilhete nos locais habituais.

No entanto, saiba que haverá uma noite de poesia, baptizada BETHÂNIA E AS PALAVRAS, que revela o vínculo indizível e embrionário de Maria Bethânia ao texto lírico. A 16 de Setembro, a média luz e na intimidade do palco, pode assistir à leitura de poemas e de textos escolhidos pela própria artista, poucos usuais do seu repertório e do cancioneiro popular brasileiro, na primeira pessoa.

Trabalho artístico que ganhou forma e expressão há dez anos, em Minas Gerais, BETHÂNIA E AS PALAVRAS oferece contemporaneidade e eternidade a poemas de Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Ramos Rosa, Sophia de Mello Breyner, José Craveirinha, Padre António Vieira, Fausto Fawcet e Caetano Veloso – este último irmão de palco e de sangue. A embalá-los, numa perfeita simbiose? Trechos de conceituadas músicas brasileiras e portuguesas, como ABC do Sertão (Luiz Gonzaga), Romaria (Renato Teixeira), Último Pau de Arara (J. Guimarães/Venâncio/Corumbá), Estranha Forma De Vida (Amália Rodrigues), Marinheiro Só (domínio público/adaptação Caetano Veloso), Dança da Solidão (Paulinho da Viola) e Menino de Jaçanã (Luis Vieira/Arnaldo Passos).

MARIA BETHÂNIA, CLAROS BREUS
Coliseu Porto Ageas | 14 Setembro às 21h30
Coliseu Lisboa | 18 e 19 Setembro às 21h30

RELATED ARTICLES

Mais Recente

error: Content is protected !!