Sábado, Maio 4, 2024
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A explosão de energia dos Arcade Fire

 

O primeiro dos dois concertos que a banda Canadiana de indie rock, Arcade Fire, deram no Campo Pequeno em Lisboa, a  22 de Setembro, foi repleto de surpresas do princípio ao fim, como aliás, já estamos habituados.

Enquanto os Haitianos Bokuman Eksperyans tocavam, com os seus tons quentes e tribais, o espaço foi enchendo e os lugares ocupados.

A festa continuou com um DJ no centro do recinto, que tentou animar o público expectante num ambiente de festa e diversão.

Pouco depois das 21H30, as luzes apagaram-se, e surgiu no meio do público em apoteose, a banda que todos aguardavam. O ambiente era o de uma viagem espacial, e quando aplanaram em palco, os primeiros acordes do tema “Age of anxiety I” começaram a ouvir-se, seguido de “Ready to start” que levou as pessoas ao rubro, e quem ainda estava sentado, deixou de o estar. No final ouviu-se o primeiro de muitos “Obrigado” da noite por parte de Win Butler.

“The suburbs” foi cantado em uníssono por um público já rendido.

Regina Chassagne foi até ao pequeno palco no centro do público com um piano de cauda no meio, onde subiu para cantar “ It’s never over (hey Orpheus)” acompanhado por uma coreografia que fazia lembrar uma dança de bonecas.

Win juntou-se a Regina no tema “My body is a  cage”,  na ilha no meio de um oceano de pessoas.

“Reflector” foi cantado quase por completo no meio da multidão em êxtase.

De gabardina verde, Regina cantou “Afterlife”, e nos primeiros acordes de “Age of anxiety II (rabbit hole)” o público começou logo a cantar.

Com um começo psicadélico, com fumo e imagens rápidas no ecrã, ouviu-se “The lightning I” seguida de “The lightning II” e “We” que dá nome ao último álbum da banda.

O histerismo voltou com ”Rebellion (lies)” e continuou com “Headlights look like diamonds” e “No cars go”.

“Unconditional I (look out kid)” foi dedicada ao filho de Win e Regina e  em “Sprawl II (mountain beyond mountains) alguns dos membros da banda de abertura Bokuman Eksperyans voltaram para cantar, dançar e darem ainda mais vida a este tema.

O campo pequeno voltou a explodir com “Everything now”, numa simbiose perfeita entre público e a banda. Foi este o ambiente que fechou o concerto.

No encore, foram ouvidos “End of the empire” e “Wake up”, este último foi cantarolado com a banda a abandonar o palco, a saírem como entraram, no meio do público, e a festa continuou na rua para encanto de todos.

Mais um concerto memorável para quem teve a sorte de estar presente!

Texto | Raquel Coelho
Fotos | João Padinha – Everything Is New

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