O primeiro dia do Super Bock Super Rock foi dominado pelos italianos, numa estreia muito aguardada no nosso país.
Bastava chegar ao recinto para perceber que, apesar de outros artistas serem bem-vindos, era pelos Maneskin que aquela quantidade de público ali estava e com eles vibrou, três anos após se terem apresentado ao mundo com a vitória no festival da Eurovisão. No palco principal, onde já tinham passado nomes com o ex-Rage Against the Machine e Audioslave Tom Morello, ou os ingleses Royal Blood, a noite continuava a corresponder ao nome que o festival carrega desde o nascimento, com o rock a fazer das suas e o calor e carisma de Damiano, Thomas, Ethan e Victoria a tratarem do resto. Passaram por tudo o que tinham para mostrar, o público cantou e muito, até em italiano e sem que fosse preciso pedir, e tudo passou a correr, com poucos tempos mortos entre músicas, apesar de pequenos números como o vocalista, que já andava em tronco nu por aquela altura, ter vestido uma camisola da seleção portuguesa, com o número 7, mas o seu nome nas costas. Não demorou muito a voltar a sentir calor e tudo acabou em festa, com um grupo de fãs em cima do palco, os “putos fixes”, dizem.
Apesar de serem claramente o motivo da deslocação da larga maioria presente, nos outros dois palcos também se verificaram alguns ajuntamentos, fosse para Will Butler ou Marc Rebillet, que numa performance de puro entretenimento consegue que o público vá aumentando, nem que seja para ver o que acontece a seguir. Um homem, um ecrã e, por pouco tempo, uma fatia de pizza foram o suficiente: quem não conhecer, é dar uma olhada nas suas redes sociais.
A noite no palco principal encerrou com Nina Kraviz, sem grande parafernália, enquanto lá fora ainda muitos se dividiam entre as filas de trânsito, logo dentro do estacionamento, ou, antes disso, simplesmente conseguir encontrar o veículo em que se deslocaram até ao recinto.