Na passada quinta-feira dia 04 de Maio, pouco passava das 21H30 quando as luzes do Teatro Tivoli BBVA se apagaram, e assim surgiu em palco os Forever Tango, na companhia de Luís Bravo, maestro fundador da mesma.
A cortina abriu-se com 7 músicos em palco ou, se quiser ser exacta, dois violinos, um violoncelo, um contrabaixo, um piano e dois acordeões. De imediato fomos transportados para a cena de um filme dos anos 40, para um cenário que nos levou para um cais sombrio onde homens e mulheres tentavam seduzir-se mutuamente, de forma apaixonada e sensual. Sem nunca proferirem uma palavra, comunicavam unicamente com os seus corpos decorados de roupas elegantes, que moldavam os corpos formosos das bailarinas. As suas pernas esvoaçavam para cima ou para baixo, de um lado para outro como se fossem feitas de algodão, ora com força se enrolavam, como uma cobra em volta da sua presa. Nesta luta de sentimento e de emoções, a mulher parecia como que hipnotizada pelo poder masculino mas nesta luta de poder, a mulher parecia sair sempre vencedora.
Canto, música e dança fizeram as delícias do público ao longo de duas horas de espectáculo, que nunca se cansou de aplaudir fervorosamente todos os artistas, estes que iam alternando em palco, e que fizeram de Forever Tango também um sucesso em Lisboa. Quem não teve oportunidade de assistir à sua estreia, tem ainda oportunidade de ver o espectáculo de novo no Teatro Tivoli BBVA, em datas extras nos próximos dias 11, 12, e 13 de Maio.
Texto: Ana Pereira
Fotos: UAU
[FAG id=2632]