A Costa da Caparica volta a ser palco de um dos festivais mais aguardados do verão português: o Sumol Summer Fest. Nos dias 4 e 5 de julho, o Parque de Campismo da Inatel, na Praia de São João, recebeu nomes que prometeram e fizeram cumprir o ecoar da música de várias partes do mundo.
Este ano, o cartaz trouxe cabeças de cartaz internacionais como Lil Tecca, Lil Tjay e Morad, artistas que têm marcado presença nos tops globais do rap e do trap. Lil Tecca, que lançou recentemente um novo álbum “DOPAMINE”, surpreendeu os fãs ao trazer alguns dos seus sons mais frescos e foi surpreendido pelos festivaleiros já as conhecerem tão bem. Já Morad, um dos artistas mais esperados, para além de fazer o público vibrar com os seus versos carregados de realidade, protagonizou um dos momentos mais marcantes ao erguer a bandeira da Palestina em palco, num gesto que não deixou ninguém indiferente.
Mas o festival é muito mais do que grandes nomes: é uma verdadeira celebração da cultura urbana, com espaço para artistas emergentes e para sons que contam histórias de diferentes bairros e vivências. Um dos pontos altos desta edição foi a forte presença do rap crioulo, que desde os tempos de TWA, Nigga Poison e Landim vem derrubando fronteiras e levando o som de bairro além-mar. No Sumol Summer Fest, todas as gerações deste movimento subiram ao palco: Loreta, Juana Na Rap, Mynda Guevara, Ghoya, Ne Jah, Nex Supremo, XRootz, DJ Kronic e DJ Fumaxa juntaram-se para celebrar rimas que atravessam o tempo e mantêm a representatividade e resistência.
Na noite de 4 de julho, a energia ficou entregue a Lil Tecca, MC Cabelinho, Chico da Tina e Zara G, entre outros. Já no segundo dia, MC Luuky, Yuri NR5, Rap Crioulo, SleepythePrince e Tixa aqueceram o público até Lil Tjay e Morad encerrarem em grande. Yuri NR5, inclusive, levou todos os que o ouviam à loucura quando trouxe Sippinpurp para cantarem juntos “Vim do Norte”, um hino que não deixou ninguém indiferente.
Além da música, o Sumol Summer Fest é também palco para outras expressões da cultura urbana. A pista de skate é um dos pontos mais concorridos, onde diversos skaters de todo o país se encontram para mostrar truques, aprender uns com os outros e partilhar a energia que faz deste desporto um verdadeiro estilo de vida.
A dança também marcou presença com a Jazzy Dance Battle, que transformou o recinto num palco de coreografias, improvisos e competição saudável, fazendo da dança mais um elemento que une todos os que passam pelo festival.
Outra novidade desta edição foi a estreia de um segundo palco, dando ainda mais espaço a novos nomes, que fizeram a festa prolongar-se por todo o recinto.
Este ano, o campismo voltou a ser parte essencial da experiência do Sumol Summer Fest, reunindo quem quer viver o festival de forma intensa, dia e noite. Muitos festivaleiros chegaram ainda antes do arranque oficial, aproveitando a noite extra de 3 de julho para montar as tendas, ligar colunas e dar início aos primeiros convívios.
Assim, entre diferentes estilos de música, manobras de skate, batalhas de dança e noites de campismo sob as estrelas, o Sumol Summer Fest continua a afirmar-se como muito mais do que um festival de verão e volta deste modo a ser um ponto de encontro de gerações, sons e movimentos, onde se respira o inicio do verão, se partilham histórias e se constrói, ano após ano, uma comunidade que faz vibrar a Costa da Caparica.
