Se o segundo dia do festival amanheceu com o anúncio do cancelamento do cabeça de cartaz, a solução estava ali à mão, no rapaz que cresceu com o festival.
Ia ser a estreia de 21 Savage em Portugal, mas a doença não o permitiu e a organização foi obrigada a rever o alinhamento: entra Papillon, para o que viria a ser uma das noites da sua vida, com Slow J e sua excelente banda a avançarem no cartaz, substituindo a estrela adoentada como estrela da noite.
Se no início de carreira abriu o festival e nas edições seguintes foi subindo degraus, J voltava agora a ser o centro das atenções, em mais um banho de multidão, meses depois de ter esgotado por duas vezes a Meo Arena para apresentar Afro Fado, o terceiro álbum que veio complicar mais as coisas em termos de alinhamento.
É que a ausência de alguns temas marcantes é das poucas coisas que se pode apontar a uma prestação perante um público rendido, que acompanhava as letras como se de um ritual se tratasse. Ao palco voltaria a subir Papillon, convidado na noite anterior para dar o seu show em nome próprio e que aproveitou a oportunidade sem hesitações, agradecendo inúmeras vezes as memórias que ia levar para casa.
Por ali a noite seria concluída a abanar os corpos ao ritmo de Black Coffee, depois de atuações no palco secundário dignas de registo, como a da inglesa Mabel, que com banda e coro mostrou ter mais para dar que o single Don’t Call Me Up, hit que a colocou na rota do sucesso, ou Aminé, rapper de Portland que terá ajudado a matar a sede dos órfãos de 21 Savage.