Quarta-feira, Maio 1, 2024
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Super Bock Super Rock, teve um belo regresso ao Meco

O primeiro dia desta 27ª edição, claramente dominado pela nostalgia em relação aos Offspring, fez com que no mais pequeno dos palcos, logo junto à entrada, se acumulasse parte dos que vinham pelos californianos.

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Ali, ainda ao sol, que contrastava com as vestes negras dos já clássicos Tara Perdida, levantou-se provavelmente a primeira poeira do festival que voltou à magia do Meco. E que, com um cartaz ainda um pouco mais forte pode vir a criar um belo equilíbrio, com música longe da cidade, campismo e um parque de estacionamento agora organizado e iluminado.

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Seguiu-se The Legendary Tigerman, já no palco principal, onde levantou o véu sobre Zeitgeist, prometido para setembro, num crescendo para Franz Ferdinand, que apesar de não tão eletrizantes como noutras ocasiões, confirmaram que são uma banda que garante a festa frente a qualquer palco onde suba. Entre ambos, houve tempo para uma visita a outro palco, onde 070 Shake mostrava o que valia: mais que o rótulo de namorada da filha de Johnny Depp, merecendo bem uma pesquisa em qualquer plataforma de streaming.

E se os Offspring tinham a plateia ganha antes de entrarem em ação, a verdade é que corresponderam, numa atuação bastantes furos acima, por exemplo, da passagem pela Belavista de há uns anos. Podiam ter entrado mais um par de clássicos no alinhamento, caso se diminuísse a conversa entre Dexter e Noodles, mas faz parte e dá para recuperar fôlego.

Quem ainda o tinha, pode visitar de seguida Róisin Murphy, com início mais tardio para evitar conflitos entre palcos, algo positivo e a manter de futuro. Já noite dentro, também Father John Misty passeou a sua elegância em palco, onde com a ajuda da sua banda, seção de sopro incluída e um hipnótico jogo de luzes, criou ali magia.

Depois disto tudo e ainda mais que foi acontecendo nos quatro palcos, houve tempo para um regresso dos LX-90, com Rui Pregal da Cunha e outros históricos da nossa música, ajudando a que os esqueletos continuassem a abanar, missão finalizada ao som de James Murphy e 2MANYDJS, que encerraram esta primeira noite.

Texto | Hugo Vinagre
Fotos | Jorge Torres Carmona
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