A 18ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa está de volta de 10 a 16 de setembro, no Cinema São Jorge.
Nas Longas-Metragens, destaque para o retorno de Tilman Singer com “Cuckoo” e Jean-Christophe Meurissel, com a comédia macabra “Plastic Guns”. O português Edgar Pêra apresenta a estreia nacional “Cartas Telepáticas”, o primeiro filme totalmente feito com recurso a ferramentas de Inteligência Artificial. Da Irlanda chega-nos “Oddity” de Damian McCarthy, um filme de terror tradicional em torno de uma estátua. “In a Violent Nature” de Chris Nash, “Sasquatch Sunset” de David Zeller, que retrata o quotidiano de uma família de pés-grandes, ou o musical romântico “Your Monster” de Caroline Lindy juntam-se aos filmes já anunciados “The Devil’s Bath” de Veronika Franz e Severin Fiala, “Exhuma” de Jang Jae-hyun e “Sayara” de Can Evrenol.
Em parceria com a Méliès International Festivals Federation, à qual o MOTELX pertence, o Prémio Méliès D’Argent, para a melhor curta europeia de 2024, conta com um número recorde de 8 participações portuguesas “Antes do Nascer da Lua” de Mário Patrocínio, “O Camaleão” de Tiago Ramon Santos, “Canto” de Guilherme Daniel, “Estéril” de João Pais da Silva, “The Hunt” de Diogo Costa, “Nuclear” de David Falcão, “Quanto Pesa um Corpo?” de Gabriel Garcia Nery e “Unicorn Hunting” de Miguel Afonso, que se irão juntar às suas congéneres europeias em competição.
Este ano, no âmbito da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, a secção A Bem da Nação – Os Filmes de Terror Proibidos Pelo Estado Novo, irá apresentar 5 títulos dos 16 filmes de terror totalmente proibidos de estrear nas salas nacionais durante os 41 anos de ditadura “Il Demonio” de Brunello Rondi, “The Plague of the Zombies” de John Gilling, “10 Rillington Place” de Richard Fleischer”, “Valeria and Her Week of Wonders” de Jaromil Jires e ainda uma sessão surpresa na sala Rank do Cinema São Jorge, com apenas 20 lugares, onde se supõe que o SNI fazia as suas sessões com os censores.
O maior prémio para curtas em Portugal continua e será escolhida a melhor curta de terror portuguesa entre 10 curtas, com a atribuição de um prémio de 5000€. No espaço Curtas Internacionais irão passar curtas da China, EUA, Países Baixos, Luxemburgo e Reino Unido, entre outros.
O tema do Quarto Perdido este ano são vampiros, lobisomens e o Estado Novo e reflete sobre os filmes portugueses que, metaforicamente, representam o fascismo português. Será apresentado o filme “Culpa” de António Vitorino de Almeida e a curta “As Desventuras de Drácula Von Barreto nas Terras da Reforma Agrária” do PCP.
Uma novidade este ano é o nascimento da “Sala de Culto”, uma secção dedicada ao cinema de culto de todas as séries de A a Z, com “Experiência Em Terror” de Andrade de Albuquerque, baseado num conto de Dick Haskins e “O Velho e a Espada” de Fábio Powers.
Haverá uma sessão especial do filme “Censor” de Prano Bailey-Bond que acompanhará a apresentação do livro “I Spit On Your Celluloid: The History of Women Directing Horror Movies” de Heidi Honeycutt.
A secção LOBO MAU este ano apresenta uma programação dedicada ao terror sensorial, com filmes e atividades que estimulam a exploração de materiais sensoriais para desenvolverem as habilidades cognitivas, emocionais e motoras, com a apresentação do filme “Flow” de Gints Zilbalodis, Sustos Curtos, com duas compilações adaptadas às diferentes idades do jovem público, e Alma-Atelier Sensorial onde as crianças podem explorar os 5 elementos sensoriais diferentes.