No dia 10 de junho de 2024 apresentou-se a ópera “O Último Canto – Camões e o Destino”, às 17h, no Centro Cultural Olga Cadaval.
Integrado nas comemorações referentes ao poeta Luís Vaz de Camões.
A estreia desta ópera coincide com a data da celebração de Camões – 10 de Junho de 2024 – ano em que se cumprem 500 anos sobre o seu nascimento, em Lisboa, em 1524.
A ópera deriva do texto de Vasily Zhukovsky, escrita em março de 1839 (extrapolada de obra homónima “Camoens”, de Friedrich Halm, de 1837).
Na fila para entrar encontro uma colega, dá-se o caso de ser familiar de um dos intervenientes na ópera.
Este mundo é mesmo uma ervilha!
Sala praticamente cheia.
Ontem eu disse ao meu sobrinho Bebé que viria assistir a esta ópera. Ele disse: Titi, se o assunto a tratar for “Os Lusíadas” eu gostaria de assistir. A curiosidade é boa e importante nessas idades, a preparar para a Prova Final de Português e de Matemática.
Antes do início do espetáculo, o habitual pedido para serem desligados os telemóveis e o desejo expresso que a Câmara Municipal de Sintra deseja um bom espetáculo.
Coro multicolorido, modernista e diversificado nas vozes. Vozes límpidas e claras, bem articulado em palco.
Orquestra e Maestro muito discretos, mas coordenados e alinhados com os intervenientes no palco.
Nas vestes dos presentes em palco algumas referências a clubes desportivos e, até talvez, a algum país em guerra. Digo isto devido às cores das roupas. Até uma possível referência ao Número Pi, será?
Só uma dúvida, não percebi a relação com os tijolos, tanto tijolo partido.
Poderá ser representativo do sentimento de revolta, da tristeza e infelicidade de Camões por estar velho e na pobreza?
E a água? Despejada sobre os destroços será a representação da limpeza, da purificação?
E o vento?
Estas referências serão a indicação da conjugação dos 4 elementos? Se assim for, falta o fogo, mas por questões de segurança compreendo que não o tenham utilizado.
Depois de destilar a sua dor e sofrimento, Camões partiu, juntou-se ao Cosmos, ao Universo, iluminado por lanternas, poderiam ter sido utilizadas velas!
Foi diferente, mas interessante, um olhar sobre a História numa perspetiva nova e pouco habitual!
Texto: Lady Ororo Adonisa