Quinta-feira, Fevereiro 13, 2025
Quinta-feira, Fevereiro 13, 2025

E ao terceiro dia, mais alegria

Mais um dia, mais uma enchente bem cedo frente ao palco principal, desta vez para trocar boas vibrações com Chico da Tina. Apesar de menos intenso do que noutros espaços fechados, onde a dimensão mais reduzida se torna proporcionalmente inversa ao nível de interação, mesmo que involuntária, com a parafernália insuflável que Chico e amigos trazem com eles, aqui tivemos ondas de alegria que alastraram um pouco por todo o lado. A festa fez-se e quem não arredou pé irá certamente voltar quando puder reencontrar-se com o Chico.

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Chico da Tina

Daí para a frente, o nível manteve-se, excepto em relação a acessórios de praia e bolas gigantes sobre as cabeças dos presentes, evidentemente. João Pedro Pais nunca precisou disso para chegar aqui hoje e mais uma vez terá enchido as medidas a quem ia adiando o jantar.

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João Pedro Pais

A meio do alinhamento passou a contar com a concorrência de Kappa Jotta, que no segundo palco tinha também um mar de convertidos à espera, numa noite intensa e onde claramente transbordou de felicidade e orgulho, aproveitando para convocar o coro dos presentes para cantar os parabéns àquela que o atura em casa (“Parabéns a você” foi curiosamente algo que se repetiu por diversas vezes ao longo do festival). Kappa Jotta criou ainda outro momento para mais tarde recordar, chamando a filha para cantar com ele, num alinhamento que viria a terminar também como gosta, com uma roda à sua frente e poeira no ar.

Nisto já Deejay Telio mostrava porque estava ali no maior dos palcos, seguido por uma Mariza deliciada por encontrar tanta gente à sua frente, isto apesar de Badoxa ter começado a encher quase ao mesmo tempo, numa atuação marcada para dez minutos depois.

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Mariza

O remate final da noite foi dado por Nininho Vaz Maia, acompanhado não só por um abanar generalizado de corpos, mas também pelas letras cantadas pelos admiradores que o tornam cada vez mais uma estrela da música nacional.

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Nininho Vaz Maia

E ao terceiro dia, já esta edição do Sol da Caparica parecia destinada a deixar o passado para trás, aprendendo com ele a tornar-se em mais um dos pontos altos do Verão musical, seja em termos de espaço e localização, ou pela afirmação da aposta certeira na certeza de que há cada vez mais público disposto a pagar para ouvir cantar em português, venha ele de onde vier.

Texto | Hugo Vinagre Fotos | Jorge Torres Carmona
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