Domingo, Janeiro 26, 2025
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Amore

Aida de Verdi é uma ópera em quatro atos, com música de Giuseppe Verdi e libreto de Antonio Ghislanzoni e Camile du Locle. A sua estreia mundial aconteceu na Casa da Ópera, na Cidade do Cairo, em 24 de dezembro de 1871.

A ópera representa uma amostra da possibilidade da história do Antigo Egipto.

A Natureza é única, especial e fantástica devido à sua diversidade. Tem espécies dominantes, deve ser o normal. O que não deve ser normal é dentro da mesma espécie existir alguém ou um grupo que se considere superior e exerça o domínio nefasto sobre os seus semelhantes, tornando-os seus escravos. Ao longo da História da Humanidade, infelizmente há muitos exemplos. Eu sou descendente de escravos e de contratados, pseudo-escravos, dos anos 40 e 50 do século passado.

O que diferencia e confere estatuto, dando esse direito a um humano para subjugar o seu semelhante de modo a torná-lo seu escravo?

Já viram o filme “Django Libertado”, de Quentin Tarantino?

Revendo a história desta ópera, os escravos no Egipto eram descendentes de trabalhadores, possivelmente, de outros escravos.

Os escravos eram classificados como trabalhadores domésticos, artesãos, artistas, trabalhadores do campo e operários de minas e pedreiras. Alguns escravos pertenciam ao Estado e outros aos templos do Egipto Antigo.

Esta ópera narra o drama do amor entre uma escrava etíope chamada Aida (de origem nobre e escravizada no reino faraónico) e um general egípcio chamado Radamés, comandante das forças de ocupação do país da escrava. Aida estava indecisa entre o seu amor por Radamés e o amor pelo seu pai, o dever da obediência ao mesmo e o desejo pela liberdade do seu povo, sofrendo com demasiada angústia, sem saber que lado apoiar.

Um tripleto de pessoas a sofrer: Aida, Radamés e Amneris pois não conseguem acertar no amor correspondido e livre.

A facilidade e a rapidez com que se passa de herói a traidor!

 A ópera cantada em italiano iniciou a sua apresentação no norte de Portugal e chegou agora a Lisboa. São muitos os artistas em palco.

Hoje, dia 10 de maio de 2023, pelas 21h, apresentou-se no Coliseu dos Recreio acompanhada pela Hesperian Symphony Orchestra, dirigida por Antonio Ariza Momblant.

Grandiosa em estilo, cenários, sentimentos e emoções, conquistou o público.

As pessoas não ficaram indiferentes perante o amor, a tristeza, o desencontro e o sofrimento. Tudo a alinhar para um final trágico!

A atuação foi muito aplaudida, principalmente, a de Aida que foi o expoente máximo de entrega ao seu amor!

O Amor é um “lugar” estranho!

Texto | Lady Ororo Adonisa
Fotos | Jorge Torres Carmona
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