No último dia do festival todas as atenções estavam centradas no regresso dos Da Weasel aos palcos, para um concerto único, e com dois anos de espera, devido à pandemia.
Os Mother Mother estrearam-se em território luso e abriram o palco principal, num dia muito quente e esgotado. As irmãs Haim seguiram-se, mostrando-se muito felizes por regressarem a Portugal e antes das 21h, a maioria do público já se encontrava à frente do palco à espera de Da Weasel. O concerto abriu com “Loja”, “A Essência” e “Força”, e passou em revista todos os grandes êxitos da banda, que o público sabia de cor e cantava a plenos pulmões. Carlão agradeceu o carinho demonstrado e revelou que era um concerto muito especial, uma vez que era a primeira vez que os filhos deles os viam tocar juntos, como Da Weasel, por isso a responsabilidade era maior. “Tás na boa” fechou um concerto apoteótico e nostálgico, que nos deixou a sonhar com mais regressos da banda.
Os Imagine Dragons pisaram o palco a seguir. Com uma prestação fantástica, como habitualmente, entraram com “It’s Time” e com o tema “Believer” o público ficou rendido. Seguiram-se “Follow You” e “Bones” do novo álbum Mercury Act 1 e antes do tema “It´s ok”, Dan Reynolds aproveitou para falar sobre a importância da saúde mental, que não é vergonha ter um terapeuta, como ele tem, e que todos temos dias maus e devemos falar com alguém. Fogo de artifício, confettis e êxitos como “Thunder”, “Birds”, “Demons”, “Whatever It Takes”, “Natural” e “Enemy” envolveram o público de tal forma que o vocalista disse que, se o deixassem, tocava a noite toda. Dan Reynolds estava feliz e não se coibiu de partilhar essa felicidade com o público, mostrando-se radiante de voltar ao NOS Alive, onde tinham tocado em 2014 e 2017, e ver o aumento de público a assistir ao concerto, revelador da popularidade da banda. Ainda houve tempo para dedicar “Forever Young” dos Alphaville ao povo ucraniano e tocar ao piano a primeira parte de “Radioactive” para despedida, num memorável concerto, numa das melhores noites do festival. Os Two Door Cinema Club deram o último concerto da noite no palco NOS, pondo todos os que se mantiveram no recinto a dançar, em especial ao som de “What You Know”.
Pelo palco Heineken passaram os espanhóis TourJets, Los Invaders, a britânica Hope Tala, Phoebe Bridgers, Manel Cruz e Parcels, sendo estes três últimos os que deram os concertos mais expressivos. Passavam 50 minutos do início de Da Weasel, quando Phoebe Bridgers entrou em palco e foi recebida por uma multidão de jovens, que aguardavam com muita expetativa o primeiro concerto da artista, que não os desiludiu. Manel Cruz atuou sozinho à hora de Imagine Dragons, mas manteve um público dedicado. Parcels deram o outro grande concerto da noite, num palco demasiado pequeno para tanto público a dançar sem parar. A festa manteve-se com os Caribou, que fecharam o palco secundário no último dia.
No palco EDP Fado Café foi dia Cassandra Cunha e de Marco Rodrigues, que teve casa cheia.
O NOS Alive retorna ao Passeio Marítimo de Algés a 6, 7 e 8 de Julho de 2023.
Texto | SM
Fotos | Jorge Torres Carmona
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