Quinta-feira, Março 20, 2025
Quinta-feira, Março 20, 2025

Wilko Johnson, O Lendário Líder dos Dr. Feelgood ao Vivo em Portugal

“Blow Your Mind”: o título do mais recente trabalho de Wilko Johnson, datado já de 2018, é também uma promessa. É que o antigo líder dos míticos Dr. Feelgood, banda gigante na Inglaterra dos anos 70 e que chegou a tocar em Portugal no arranque dos anos 80 aquando da explosão rock que assolou o nosso país, pode mesmo espantar-nos.

A vitalidade de que goza agora, depois de editar um álbum com Roger Daltrey dos The Who em 2014 cujo título, “Going Back Home”, soava a despedida, é compreensível. Por volta dessa altura foi diagnosticado com um cancro terminal e inoperável, mas depois, como escreveu Alex Petridis no Guardian em 2015, “aconteceu a coisa mais estranha: Wilko não morreu”.

Depois de ser diagnosticado, o antigo líder dos Dr. Feelgood (banda precursora do punk, praticante de um feroz rhythm n’ blues que influenciou gente como Paul Weller dos The Jam ou Joe Strummer dos The Clash) marcou uma digressão de despedida e nas muitas entrevistas que concedeu comoveu um país com a sua tranquila aceitação da mortalidade.

 
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=jkjixJEhmMc[/embedyt]
 

Johnson gravou então com Daltrey, convencido de que não chegaria a ver o disco editado, cruzou-se com um fã médico que o recomendou a um colega, acabou mesmo por ser operado e, depois de uma série de complexos procedimentos, acabou por ser declarado como curado do cancro. O disco “Going Back Home” chegou aos tops, feito que Wilko Johnson não conseguia desde 1976, e agora, cá está no presente, com um justo estatuto de lenda.

Depois de ter tido uma participação em “Game of Thrones”, como o enigmático carrasco mudo Ser Llyn Payne, Wilko gravou o novíssimo “Blow Your Mind” com uma banda que inclui músicos como Mick Talbot, dos Style Council, ou Norman Watt-Roy dos Blockheads de Ian Dury.

O disco tem arrancado fortes elogios da crítica e sustentado uma nova vida em palco em que Wilko Johnson continua a fazer o que sempre fez: a tocar guitarra desalmadamente como se não houvesse amanhã e a assinar o que muitos garantem ser um dos melhores concertos da atualidade.

RELATED ARTICLES

Lua, Lua, quero ver o teu brilhar

O Rei passou por Portugal

Mais Recente

error: Content is protected !!