No ultimo dia de uma longa semana, em que passaram por Varsóvia, Paris, Barcelona e Madrid, os Orchestral Manoeuvres in the Dark- OMD atuaram pela primeira vez em Lisboa a 16 de Fevereiro.
Estrearam-se recentemente no nosso país no Festival de Vilar de Mouros 2016, para um público distinto do que os acolheu na Aula Magna.
À entrada podia ler-se que a lotação da sala estava esgotada, e que por solicitação dos OMD, a primeira parte do concerto ficaria a cargo dos jovens portugueses Balla que, durante meia hora, tocaram sete dos seus temas.
A banda britânica que este ano comemora o 40º aniversário da sua formação, apresentou-se apenas com os seus dois membros fundadores, Andy MacCluskey e Paul Humphreys, para dar a conhecer o seu 13º álbum “ The Punishment of Luxury” aos fãs portugueses. Os músicos estiveram sempre muito próximo do público, até fisicamente, cumprimentaram, dançaram, vibraram juntos, num ambiente quente, intimista e acolhedor.
Durante cerca de uma hora e meia, tocaram vinte e um temas, dos quais apenas cinco pertenciam ao novo trabalho, os restantes foram todos êxitos consagrados que contagiaram os presentes com um misto de nostalgia e jovialidade, transformando a sala numa original pista de dança em forma de anfiteatro.
Ao anunciar como “the last song” a canção mais esperada da noite “Enola Gay”, é possível que não tenha restado nenhum dos 1584 lugares ocupado na sala. Para o encore deixaram três das mais conceituadas músicas da banda: “Pandoras Box”, “Secret” e o eletrizante “Electricity”.
Contrariando a fatalista estrofe “…Enola gay, it shouldn´t ever have to end this way…”, este espetáculo não podia ter terminado de outra forma. De melhor forma!
Texto: Zélia Maroco