Longe vai o dia em que parei para ouvir, apreciar e degustar uma canção do Tony Carreira, devido ao meu irmão Ton que é um grande apreciador das canções, romântico tal como o cantor com quem partilha o nome próprio. Sempre que foi possível eu o acompanhei aos espetáculos do Tony Carreira, em pavilhões ou nas ruas de Lisboa, onde houvesse.
O ponto alto foi na fnac do Colombo, foram horas de espera, mas conseguiu tirar uma fotografia com o Tony Carreira.
Para uma pessoa simples como o Ton, foi uma explosão de emoções, alegria e contentamento. Abraçar o Tony foi o máximo para o Ton!
As letras das canções são sinceras, emotivas e profundas. Conduzem à reflexão e ao sonho! Apelam ao reviver de memórias.
É chegada a hora…. orquestra e coro nos lugares, no pavilhão repleto de pessoas ansiosas a aguardar pela entrada do Tony.
Luz, cor e muito brilho, primeiros acordes e …. começou…O concerto do Tony Carreira da Tour Recomeçar, na Altice Arena – Lisboa.
Algo está diferente, o brilho nos olhos já não é o mesmo. Ainda consegue levar as vozes a cantar em uníssono, como se fosse uma única onda sonora a propagar no ar.
“A vigésima terceira vez que aqui estamos”, diz o Tony Carreira com a voz emocionada e olhar perdido na vastidão do espaço em volta, abarcando o maior número de pessoas.
“Lisboa, menina bonita por ti eu me apaixonei”, canta ao som do dedilhar da guitarra e ao ritmo do fado bem português.
Cantando vai ao encontro das pessoas, é simples e próximo. Diz que “gosta de ver a malta animada de mãos no ar”.
Agradece pelos trinta e quatro anos de grandes canções.
Agradece ao público fantástico, convidando-o a cantar os parabéns a uma menina muito envergonhada, memórias para o futuro.
A Lua também se mostrou no “céu estrelado”, as “chamas” flamejantes e muitas luzes brilhantes no fundo escuro aveludado a acompanhar as canções românticas que todos cantam com voz bem alta e emocionados.
Hoje, dia 18 de novembro de 2022, somos todos cantores!
A coordenação dos pares de bailarinos, a elegância, a energia, a rapidez e fluidez de movimentos, a união, muito inspirador.
A criança que sonhou e se tornou o homem que canta o amor, o sonho, a dor, a perda e a tristeza.
Recordou cartazes e músicas de outra época, trouxe presente o passado.
Muito ritmo, alegria, uma bolha de boa disposição e de descontração.
Agradeceu à banda e à equipa na continuidade da apresentação das mesmas.
Recordou quem já não está presente, fez o tributo à íris dos seus olhos!
O público solidário levantou e aplaudiu.
Agradece o carinho do fundo do coração.
Muita animação do início ao fim do concerto.
Adeus até um dia…
Texto | Lady Ororo Adonisa
Fotos | Jorge Torres Carmona