Quinta-feira, Abril 25, 2024
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Festival Santa Casa Alfama’22

 

Festival Santa Casa Alfama’22

 

Palco Amália – Auditório Abreu Advogados

23 de setembro
Deolinda de Jesus
Filipa Vieira

24 de setembro
Matilde Cid
Zé Maria

 

Palco Santa Maria Maior – Largo do Chafariz de Dentro

23 de setembro
Inês Pereira e Bruno Igrejas
Carolina Gomes e Pedro Ferreira

24 de setembro
Ana Marta e Lino Ramos
Mafalda Vasques e Eduardo Batista

 

O Palco do Público – Museu do Fado – Esplanada

23 de setembro
Tomás Marques

24 de setembro
Tânia Pataco

Festival Santa Casa Alfama está de regresso para mais dois dias em que o fado é o grande motivo de celebração em Alfama. Nos dias 23 e 24 de setembro, algumas das melhores vozes do fado voltam a marcar presença nos vários palcos espalhados pelo mítico bairro lisboeta. E alguns destes palcos já fazem parte da história do Festival, como o Palco Amália instalado no Auditório Abreu Advogados, o Palco Santa Maria Maior no Largo do Chafariz de Dentro, e ainda o Palco do Público acolhido pela Esplanada do Museu do Fado.

Deolinda de Jesus, Matilde Cid, Filipa Vieira Zé Maria são as vozes que passam pelo Palco Amália na edição deste ano; o Palco Santa Maria Maior recebe Inês Pereira, Bruno Igrejas, Ana Marta, Lino Ramos e ainda os jovens vencedores da Grande Noite do Fado, Carolina Gomes, Pedro Ferreira, Mafalda Vasques, Eduardo Batista, casos de talento fadista apoiado e promovido pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, um dos principais parceiros do Festival. Por fim, no Palco do Público, o convite é feito a todos que queiram mostrar as suas capacidades, mediante uma pré-inscrição – e, além do público, este ano, pela Esplanada do Museu do Fado, acompanhados pelos convidados Tânia Pataco e Tomás Marques.

 


Deolinda de Jesus
 nasceu em Setúbal. Aos 16 anos descobriu a alma fadista precisamente na sua terra, a terra de Bocage. E desde então nunca mais parou de cantar os clássicos do fado e os seus temas originais. O seu percurso artístico levou-a a cantar ao lado de grandes nomes do fado, tais como Manuel de Almeida, Beatriz da Conceição, Cidália Moreira, Maria Armanda, Vasco Rafael, Carlos Zel, Anita Guerreiro, Rodrigo, entre tantos outros, frequentando os mesmos locais destes fadistas, algo que, segunda a própria, acabaria por funcionar como uma espécie de escola do fado. E basta ouvir Deolinda durante alguns segundos para perceber que respira fado como poucos, levando essa paixão aos palcos nacionais e internacionais. Com um percurso tão fadista, com muitas atuações em casas de fado, Deolinda também já deixou a sua marca discográfica: “Estilos” (1998), “Travo de Sal” (2018) e mais recentemente “Deolinda de Jesus canta Alexandrina Pereira” (2021). É uma fadista com perfeito domínio da sua arte aquela que vai pisar o palco do Auditório Abreu Advogados, acompanhada pelos músicos: Luís Ribeiro, na guitarra portuguesa, Carlos Fonseca, na viola de fado, e Múcio Sá, no Baixo. Deolinda atua dia 23 de setembro, no Palco Amália.

Filipa Vieira
 nasceu em Lisboa e o fado esteve sempre presente na sua vida. Desde pequena que o pai lhe cantava fados ao deitar, e aos 11 anos de idade estreou-se em público. Considera Amália Rodrigues o astro maior do fado, e é em Beatriz da Conceição que encontra uma referência pessoal. Desde então, Filipa Vieira frequenta o circuito das típicas casas de fado, associações e coletividades alfacinhas. O espírito inventivo, curioso e arrojado de Filipa Vieira levou-a em 2013 a integrar o elenco do espetáculo “Tablao de Fado”, uma mescla de dança contemporânea, flamenco e fado, com direção de Alexandra Batáglia no Teatro Ibérico, em Lisboa. A exploração sem preconceitos sempre fez parte da construção da sua identidade artística e, foi na sua adolescência, que se seduziu por sonoridades mais eletrónicas e experimentais. Filipa Vieira materializa agora o seu imaginário e percurso artístico numa visão única sobre o seu fado. “Passo Apressado” é o primeiro avanço para o projeto que será editado brevemente. Filipa leva o seu fado numa incursão experimental, um caminho que faz acompanhada pelo produtor Tiago Pais Dias. E o público do Santa Casa Alfama ficará a conhecer melhor este seu fado dia 23 de setembro, no Palco Amália.

Matilde Cid 
nasceu em Estremoz e cresceu no seio de uma família ligada à música, sendo habituada a serões familiares passados a tocar e a cantar. Os pais ouviam de tudo, mas o fado veio a tornar-se a sua música de eleição, crescendo a ouvir fadistas como Maria Teresa de Noronha, entre outros. Veio para Lisboa e encontrou a verdadeira essência do fado no ambiente boémio das casas de fado da capital. Matilde participou do elenco residente da “Casa da Mariquinhas”, cantou nas conhecidas “Mesa de Frades”, “Senhor Vinho”, “Associação do Fado Casto”, entre outras. Atualmente está como artista residente no “Fado ao Carmo”. Com várias apresentações em Portugal e no estrangeiro, em nome próprio, Matilde Cid editou o seu primeiro álbum em setembro de 2019: “Puro” (Museu do Fado Discos). Este registo foi nomeado para o prémio “Melhor Disco de Fado” da edição de 2020 dos prémios PLAY – Prémios da Música Portuguesa. Com temas como “Foi assim”, “Não digas sorte, diz Deus” e muitos outros, Matilde Cid tem conquistado o público com as suas atuações e genuína simpatia – virtudes essas que vai levar ao Palco Amália, dia 24 de setembro.
Zé Maria nasceu em Lisboa, em 1988, numa família onde desde cedo teve contacto com o fado e com as artes plásticas, que vieram a tornar-se as suas expressões artísticas. Começou por cantar em algumas casas de fado da capital, no tempo em que estudava, amadurecendo e dando a conhecer o seu fado. Mais tarde, reafirmando a sua vocação fadista, começa a cantar regularmente em casas de fado. Em 2021 passa a integrar o elenco do Clube de Fado. Uma das mais promissoras vozes da nova geração do Fado, Zé Maria apresenta, no Santa Casa Alfama, o seu primeiro disco, o homónimo editado em 2022, com o selo de qualidade da editora do Museu do Fado. Este álbum de estreia reflete um fado amadurecido por essas atuações ao vivo, melodioso e bem timbrado, com raízes na tradição, mas abrindo-se também a melodias mais complexas, e revelando uma especial sensibilidade à poesia. Zé Maria apresenta-se acompanhado por André Dias, na guitarra portuguesa, Bernardo Saldanha, na viola de fado, e Vasco Sousa, na viola-baixo, e atua dia 24 de setembro no Palco Amália, instalado no Auditório Abreu Advogados.

 

Inês Pereira nasceu em Setúbal. O interesse pelo fado surgiu muito cedo, nas festas do infantário, quando algumas educadoras e auxiliares se aperceberam que a pequena Inês tinha esse gosto pela canção nacional. O seu talento cresceu e hoje já conta no currículo com passagens por casas como “Caldo Verde”, “Tasca do Chico”, “São Miguel D’Alfama”, “Boteco da Fá” ou “Coração D’Alfama”. Em 2011 sagrou-se vencedora do Concurso de Fado Amador de Setúbal, ganhando o prémio do público e do júri. E no ano de 2018 ganhou o Concurso de Fado de Santa Maria Maior, realizado no Teatro de São Luiz em Lisboa. Estas são algumas pistas que antecipam o futuro brilhante de Inês Pereira. Este é um talento que vai conquistar o público presente no Palco Santa Maria Maior, dia 23 de setembro.

Natural do bairro de Alfama, em Lisboa, Bruno Igrejas encontrou a sua paixão pelo fado de forma muito natural, e hoje considera esta a sua principal realização.

Todas as noites, canta o fado num dos restaurantes típicos daquele bairro lisboeta, e faz desta experiência a sua escola de fado, pois ombreia com outros nomes, troca impressões e aprende sempre. Depois de ter editado “Grande Bairro” (2004), “Nosso Fado” (2006), “Fatum” (2015), Bruno Igrejas regressou aos discos em 2019 com a edição de “Mistério”.  Neste novo registo Bruno Igrejas mostra a sua maturidade, sem nunca colocar de parte os clássicos do fado. Atualmente canta em Alfama, no restaurante Fado Maior, e por isso vai sentir-se também à vontade no festival Santa Casa Alfama, mais precisamente no Palco Santa Maria Maior, dia 23 de setembro.

Nascida e criada em Alfama, um dos bairros mais típicos de Lisboa, Ana Marta sempre sonhou com palcos, com a possibilidade de ser artista. Iniciou a sua paixão pelo fado aos doze anos e desde aí já passou por casas tão míticas como “O Faia”, “Café Luso”, “Clube de Fado”, entre outros espaços. Apontada como um dos nomes mais promissores do fado, em 2011 foi premiada com o prémio revelação Amália Rodrigues. Atualmente trabalha todas as noites numa das casas mais típicas e prestigiadas do nosso fado: o restaurante típico “O Timpanas”, em Alcântara. Outra das paixões (e talentos) da fadista Ana Marta é a representação. Já participou em várias peças e integrou, mais recentemente, o elenco da peça de teatro “Trovas & canções – actores, poetas e cantores”, com o actor Ruy de Carvalho. Ana Marta atua no Palco Santa Maria Maior, no Largo Chafariz de Dentro, dia 24 de setembro. 

É caso para dizer que o encontro de Lino Ramos com o fado aconteceu muito cedo. O seu pai era fadista e apresentador, o que fez com que sempre se movesse no meio do fado e tivesse a oportunidade de conhecer referências com Fernando Maurício, com quem desenvolveu uma relação forte. No seu percurso conta com passagens por inúmeras casas de fado e até já teve a oportunidade de cantar nos Estados Unidos da América, no Canadá, na Áustria e na Suíça. Nos últimos anos dedica-se à sua casa “Esquina de Alfama”. E é também em Alfama que vai brilhar, no dia 24 de setembro, no Palco Santa Maria Maior.

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